29 fevereiro, 2008

Armadilhado!

É como me sinto! Enganado, defraudado, ludibriado... enfim! E porquê, perguntam?

A minha revolta tem origem na vinda para a Argentina, para liderar 2 colegas da equipa americana num projecto. Um mexicano, e uma americana. Quanto ao primeiro, nada a dizer, já o sabia de antemão, é um valor seguro, uma mais-valia. O mesmo já não poderei dizer, nem de perto nem de longe sobre a segunda, a quem já só me apetece chamar de "liability"!

Eu que até sou um tipo muito à vontade, relaxado, com estilo de liderança que se assenta em principios chave para mim, como são a necessidade de espaço e autonomia para que cada um possa gerir o fluxo de trabalho da mais eficiente maneira, como lhe convenha, mas sempre, sempre, com clara atribuição de responsabilidades. Afinal, isto não é um jogo e não estamos aqui a brincar. Pois, isto, seria eu, num cenário normal! Aqui já me sinto a transfigurar! Começo a ter atitudes que mais se parecem a um ditador. E tudo, porquê, insistem mais uma vez!?

Bem, quando me vejo alvo não só da incompetência, mas pior que isso, aliada à falta de caracter (digo, à mentira!), não há tolerância possível. Mas vou ter de contextualizar. A Monique, pessoa a quem me refiro, é mais velha e tem mais experiência que eu - o que obviamente, aliado ao facto de eu ser o tipo que vem lá da Europa para "mandar" nela, coisa que ela nunca conseguirá fazer, mina tudo pela raiz - e capacidades técnicas indiscutivelmente abaixo da média. Eu diria mesmo muito abaixo. Para que tenham ideia, a estagiária que despachamos agora na equipa de Londres por não ser o que procuravamos, estava muitos furos acima desta criatura! E criatura, é a unica palavra que tenho para a caracterizar.

Enfim, não sei se a principio pretendia "lixar-me" ou não, mas bastou muito pouco, e ao segundo dia dei o primeiro raspanete da minha vida. Muito sério, do tipo "esta passa, à segunda vou ficar muuuuuuito chateado". Não sei se gostou ou não, não me interessa, mas que começou a alinhar ao menos por enquanto, verdade seja dita. Já o David - o mexicano - dizia-me ao ouvido (força de expressão porque na verdade falamos os dois em espanhol, que ela não entende nada) que eu a tratava como quem acabara de iniciar nestas andanças, uma estagiária. Quando lhe perguntei se achava que tinha sido duro, a resposta foi clara: "não, só estranho como é possível falar assim com alguém com a experiência dela". E também tanto quanto consegui apurar, o que se passa é que na equipa das Americas, onde eles estão baseados, a cumplicidade já é tanta e já estão tão rotinados com as façanhas da criatura, que o planeamento já dá um grande desconto.

Pois comigo, caríssima, não vai ser assim.

It's my way, or the high way!

E esta hein?

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